terça-feira, 30 de junho de 2009

Embriaguez

Quando as águas se tornam vis,
O rio passa e leva embora a pureza
E traz contigo, o meu gigante
O meu pecado e o teu corpo.
Quero beber desse copo proibido
Degustar em tuas veias
O sangue frio, que me aquece
Sonhar o baile da meia-noite
Incendiar-me no teu perfume
Que toca o corpo que se exume
E delicio a valsa dos malandros
Como o velho vinho tinto
Que me embriaga, estonteada
O som melódico em ritmo de heresia
Desaba colérico, em prantos
Minha loucura, meu espanto
Que encoraja o prazer, o hedonismo
Faz-me despertar a insanidade
E assim vou tragar junto com a tua fuligem
Devorar tua boca maldita
Que palpita minha mente suja

E num impulso desenfreado
Bebo com voracidade teu sangue
Caindo em mim, zeladamente
O gosto doce da embriaguez


Dani R.F.

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