O ato
A insônia
Solidão
E fome
Amordaçados,
E no fim da noite
O abandono do madrugar.
O galo canta
Astuto
Imperioso.
Lá fora, a geada
Gandaia dorme
Em paz
Sossegando
O movimento
Ainda se espreguiça.
Bêbado morto
Por deus, não!
Está deitado na rua
Roncando
Encardido.
As horas mau-vindas
Senhores, acordai-vos!
A noite ainda espera
Sedutora
Ansiosa.
O bacanal resguarda
No sono, os filhos da noite.
Dani R.F.