quinta-feira, 30 de julho de 2009

A Estrangeira

Uma viajante neófita
Revelou seu estado de alma
Era uma estrangeira incalculada
Distante do mundo
Perdida de si

As vozes longínquas
Inalcançáveis que são
E os bairros solitários
Foram só vontade insossa
Da mocidade desperdiçada

Esqueceram-se dela
Pobre mulher pequena
Só corpo esmiuçado
De vaga memória
Uma boniteza estragada

Ninguém se lembrou do tabaco podre
E da garrafa reutilizada
Abandonada despiu-se da carcaça
Estrangeira que foi
Ao ir embora, desapareceu.

Sou uma estrangeira, distante do mundo, perdida de mim!


Dani R.F.

Nenhum comentário:

Postar um comentário