Uma viajante neófita
Revelou seu estado de alma
Era uma estrangeira incalculada
Distante do mundo
Perdida de si
As vozes longínquas
Inalcançáveis que são
E os bairros solitários
Foram só vontade insossa
Da mocidade desperdiçada
Esqueceram-se dela
Pobre mulher pequena
Só corpo esmiuçado
De vaga memória
Uma boniteza estragada
Ninguém se lembrou do tabaco podre
E da garrafa reutilizada
Abandonada despiu-se da carcaça
Estrangeira que foi
Ao ir embora, desapareceu.
Sou uma estrangeira, distante do mundo, perdida de mim!
Dani R.F.
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