segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Avenida


Em casos de flagrantes
A sodomia é poupada na noite
O caso é comum.
É a juventude se expressando
Jovens, amigas, efêmeras, alucinadas
Um abalo de estranhezas
“Vulvonares” compulsivas...

Correria nas ruas
As viagens nas madrugadas vazias,
São como tiros, projéteis dilacerantes
Onde perderão a força?...

É madrugada...
Na avenida a chuva cria a lama no jardim central
Eufóricas pelas sodas com vodca
Esfregam-se no pegajoso gramado
Ensopadas, se deliciam com as línguas bestiais
Rolam se pegando em unhas,
trançando as pernas,
esfolando as costas e os vestidos
e ali exauridas, adormecem.

O sol nublado rebusca a calçada,
os vestidos ainda úmidos,
manchados de lama e verde
Esqueceram de onde moravam
Ou talvez lhe faltaram forças para chegar em casa
Simplesmente repousaram na avenida principal.


Lucas F.L.

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