quarta-feira, 3 de março de 2010

Sofreguidão


No alcance de alguma mediação incontrolável
Um ligeiro movimento final
E teu rosto estava triste
Tua viva emoção
O fim da peça
O belo teatro devaneador  
Tuas lágrimas eram suaves
Levantamos como namorados de tempos afastados
A tensão castigava-me, pois
Roubaria-te um beijo reagido
E com pura avidez seguraria teu rosto prensando-o ao meu.

Ela chorou ainda mais
Desmanchando-se em meus braços
A melancolia evasiva
Chorou nos meus sonhos
Já havia me amado 
No fim,
Havia perdido-a. 

Lucas F.L.

Um comentário:

  1. A certeza do fim de certas coisas é como um dor latejante e estranha.
    Uma bela história essa aí, um belo escrito.

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