Miméticaminhos
Em matéria de vida imito o mineiro
pá e lavra
pés mesclados na água
castelo de pedra erguido na areia
procurar na lama no lodo nos lados
pescar pedra e pó com peneira
pepitas preciosas deamantes
incrustados em cada instante
tirar da corrente
salvar da correnteza
que corre parada
e nunca é a mesma
Talvez na praia nas noites do diàdia
eu encontre um bruto diamante
ou quem sabe, a brutal -
Poesia
...
não há um Outro
que me habita
há Outros
e são Tantos
que me perco em meio
a mantos
a máscaras
e panos
há o olhar
o não lugar
sem olhos ou corpos
e estou lá
há sonhos enterrados
espelhos
desejos
e cacos
não há eu (para perder-se)
há falta
há nós
e os laços
há uma cidade
de muitas ruas
com seus becos
e buracos
...
Bêbado.
Menos de bebida
que de sonho
de olhar e ouvir
e falar e sentir
noiteahnoite o dia
além da luz
No encontro dos olhos
dos corpos do copos
receosos tilintantes
corações cheio de sangue
enquanto vida e
enquanto dor
cheios de algo bombeando o Ir
seja pra onde for
tremendo de coragem
de frio
de amor
...
agora que você viu
bem visto
bem vestido
o teatro
os contentes
aprenderáa atuar?
Igor Alves
Mais poemas podem ser encontrados no blog CANTOS NOS CANTOS
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