terça-feira, 26 de maio de 2009

O FIM

Vindo de cóleras que embriagam
A água que escorre turva e lenta
Cheira o frescor da miséria
E a imundície reinante na metrópole
Petrifica os bons pensamentos

Através dos nossos olhos
A mulher deitada, agonizando
Necessitando de socorro
Grita por dentro, sofrendo
Transeuntes passam por ela
E vêem uma sombra negra
É um mendigo, um cachorro, um rato!
A figura pouco importa
Importa o que lhes apraz
A imundície da calçada
A mancha vermelha que escorre
O odor que enoja as narinas
A sujeira que inunda suas veias
Isso não importa.

Não há tempo mais para amar
Não conseguiremos viver os sonhos
Não teremos bondades

Não caminharemos de mãos dadas
Não admiraremos o belo
Não cantaremos a vida
Não mais, não agora
Nem no futuro próximo
Menos ainda no fim da vida




Dani R.F.


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