quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Onde estou? Na penumbra.



Inevitavelmente existo, sem sombra de mim, sem o eco do sentir. A sombra, invisível, é ainda mais reveladora do que EU, portanto, ninguém vê, ouve, sente ou cheira. Assim sou EU, Daniele que todo mundo vê sem a sombra que está em toda a parte.

Se tenho um encontro marcado em determinada hora com a vida e mesmo sabendo que levarei três horas para chegar até ela, fico esperando o tempo me vencer. Com atraso, vou ao encontro dela e quando chego perto do local, percebo o grande milagre: estava chovendo enquanto eu caminhava e na chegada, pára de chover! As ruas estão ainda molhadas, as pessoas estão secando seus guarda-chuvas, outras, por teimosia, estão encharcadas de água. Uma pequena fresta de raios solares devolve-me o calor. Assim caminho contente em direção à vida. E ela, já impaciente com os meus atrasos, pergunta:

- Dani, por que se atrasou novamente?

E eu, num ímpeto, respondo da maneira mais natural possível:

- Estava chovendo!

É, minha realidade esconde-se na penumbra. Onde há a luz? E a escuridão?

Dani R.F.

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